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Angela Merkel: Análise do Discurso e Reflexões

Atualizado: 8 de set. de 2021

Os líderes precisam desenvolver habilidades que lhes garantam uma leitura precisa dos seus interlocutores. Analisar intenções não representa um simples palpite. Não é um jogo do acaso. É o resultado de um desenvolvimento do olhar analítico.

VOCÊ pode impedir que a sua empresa opte por uma decisão baseada em uma informação mentirosa. Entre tantas coisas, pode evitar a contratação de uma pessoa incompatível com o cargo ofertado ou avalizar uma proposta aparentemente verdadeira. Tudo isso através da linguagem não verbal. Em qualquer negociação e/ou discurso devemos nos preparar para notar as entrelinhas, "o não-dito". Isso nos garante escolhas lucrativas sem nos contagiarmos com o "calor da emoção". Evitando prováveis prejuízos ou arrependimentos incontornáveis.

Esse treinamento baseia-se nos estudos mais avançados sobre a linguagem verbal e não verbal. Transmitiremos agora a experiência de uma intervenção adequada para "Decifrar a líder alemã: Angela Merkel". Nada foge a um olhar treinado!


Angela Merkel manda uma mensagem para Bolsonaro: "é dramática a situação do Brasil". Ela se refere aos problemas oriundos do desmatamento da Amazônia.








Breve Análise do Discurso


A chanceler alemã inicia a fala tentando quebrar a imagem forte através de um leve declínio do pescoço e um olhar mais introspectivo (olhando para lateral inferior) quando delimita o discurso em um acordo rápido com o Mercosul. Pode ser uma estratégia para demonstrar conquista em relação aos ouvintes.

Após a postura erguida, transmite uma mensagem mais racional, confiante com expansividade controlada dos gestos e mãos que permanecem no quadrante imaginário na altura do umbigo. O que demonstra mais racionalidade do que emoção. A velocidade da voz, sem ênfase, bem cadenciada, junto com a ausência de repetições lexicais também reforçam a ideia funcional dessa racionalidade intencional.

Ainda, percebe-se que ela não deixou em nenhum momento o Brasil ser visto como protagonista do Mercosul. E esse fator pode até ser estimulante, segundo a chanceler, para que seja mais rápido as negociações com a Europa... Ela desautoriza a influência do Brasil quando fala dos problemas ambientais do nosso próprio país. É meio assim o efeito semântico do discurso: vão procurar resolver os seus problemas de ordem básica para só depois tentar liderar um bloco econômico do sul... O Brasil precisa de sérias mudanças para o seu desenvolvimento pleno!


Curiosidade e Dica:

O ser humano tem mais de 25 mil possibilidades de expressões faciais. Mas existem pessoas que manifestam uma mesma expressão facial para declarar diferentes emocionalidades! Para quem deseja convencer, isso se torna um péssimo recurso comunicativo.


Quando você for falar, defina qual a mensagem maior a ser repassada. A razão existencial da sua presença no ambiente. Você não perderá tempo e potencializará a atenção dos seus ouvintes. Nada de montar discurso de improviso!


Como diz meu colega Bruno Giussani, “quando as pessoas se reúnem numa sala para ouvir o que alguém tem a dizer, estão lhe dando algo extremamente precioso, irrecuperável: alguns minutos de seu tempo e de sua atenção. O palestrante tem de usar esse tempo da melhor forma possível” (do livro Ted Talks).


O que venho pesquisando por meio de muitos estudos e análises?

Perdemos a credibilidade para com o público por muitos motivos. Um deles é a nossa insegurança reforçada por algumas expressões descontextualizadas. Vejamos essas indicativas que transmitem sinais de descredibilidade:

1. Contradições entre gestos e palavras; 2. Incoerência argumentativa, falta de coesão, microgestos operando na função de "atos falhos"; 3. Volume sonoro da voz que se altera pra mais ou pra menos, isso, inexplicavelmente; 4. Voz que expressa um tom mais baixo do que o habitual; 5. Longas pausas antes de falar uma palavra ou frase; 6. Uso de um ritmo mais lento; 7. Utilização de "muletas retóricas": ãh, um, ah, e...; 8. Uso de expressões de distanciamento: aquela pessoa, essa mulher... 9. Elaboração maior de expressões formais. Principalmente, quando lhe é perguntado algo comprometedor; 10. Busca por uma postura rígida, inerte. Caso típico de uma tentativa de se controlar frente ao público. Parece tentar esconder ou omitir informações e intenções.

Verifique se você realiza alguns desses sinais enquanto se comunica. A credibilidade é um poder adquirido a partir de uma decisão constante de aprimoramento. É uma espécie de confiança básica. Isso é decisivo para o seu sucesso. Independentemente da sua área de atuação, é importante você falar bem em público.


Linguagem não verbal


Os gestos e os microgestos são os recursos mais usados em nossa comunicação. A expressão facial e até o apontar dos dedos também fazem parte dessa realidade. São complementares das palavras. Muitas pessoas não têm consciência a respeito dos seus significados emitidos no dia a dia. Acabam enfraquecendo a sua autoridade de influência.

Falar que concorda, que aceita, entretanto, piscar excessivamente, enfraquecer as bases das mãos, demonstrar gestos contraditórios, gesticular contidamente ou de modo expansivo gera resistência, ou aceitação na contextual proporção.


Após as mensagens emitidas, não existe neutralidade de signos (sentidos) sem consequências de entendimento por parte do receptor. Devemos zelar pela harmonia de significados das palavras e gestos. Se atente para a realidade que você vem demonstrando através das suas mensagens. Não seja contraditório, desarmonioso, confuso, excessivo ou ineficiente. Talvez essa seja a virtude que te falta para você ser mais preciso, empático e influenciador.


Faça como mais de 30 mil pessoas que ao longo de 14 anos já participaram dos nossos treinamentos de Oratória. Garanta a sua vaga para os nossos Treinamentos de Formação de Palestrantes, Influenciadores, Oradores e Professores.


Estamos à disposição para lhe ajudar a falar bem.


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