Farei uma análise por minha conta, bebendo na fonte de algumas reflexões filosóficas, para levantar hipóteses sobre o medo e o perigo presente de castração observado por Freud.
A inibição é uma restrição imposta ao sujeito. É um enfraquecimento do direcionamento da energia para tarefas que normalmente deveríamos realizar sem grandes dificuldades. Como isso acontece? Através dos medos e suas justificativas nas próprias instituições sociais punitivas (fobias). O interessante é que Freud verifica que esse medo não é apenas um resultado do processo imaginário da pessoa, mas tem justificativas através de uma ameaça permanente e real (realangst), nas palavras do pesquisador: "um medo realista, angústia ante um perigo propriamente ameaçador ou consideravelmente real."
Atualmente, as falas amordaçadas são resultados do medo de uma punição que pode gerar menor afeição, visibilidade de insubordinação e/ou perda de fonte de renda, simplesmente por não apenas aceitar que o posicionamento exercido por um outro supostamente mais reconhecido servisse para a condução de um comportamento legitimado como padrão, reproduzido pela ordem lógica da maior colocação social dos que socialmente ganharam o direito, devido as suas posições, de balizar a vida dos demais. Não é uma consequência violenta exercida por meio do corpo, mas velada, não menos perturbadora, até mais eficiente do que se fosse infligida diretamente pelo corpo. As pessoas desenvolvem tristezas profundas justificadas pela perda de autonomia e relação abjetal com o mundo. Consequência de uma realidade que distancia o sujeito da própria fala.
A imagem repressora não é a mesma observada por Freud, a imagem do pai. Quem chegou mais perto foi Lacan no diagnóstico dos efeitos da cultura na estruturação psíquica do sujeito. Estamos diante de uma cultura punitiva que precisa ser analisada para que exista liberdade entre as pessoas. O modelo de ensino do Brasil faz parte dessas instâncias repressoras.
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Sentimentos e Expressões Comportamentais que estão SABOTANDO o seu DESEMPENHO COMUNICATIVO:
1. Processo de dessubjetivação: o famoso branco;
2. Contradições dos gestos em relação às palavras;
3. Incoerência argumentativa e despreparo na elaboração da síntese sobre o tema abordado;
4. Falta de coerência, coesão gestual e micro gestual. Operam na função de "atos falhos";
5. Volume alto da voz - estridência - a arte de gritar. Diferente da eloquência: a arte de falar bem;
6. Um único tom de voz e mais baixo do que o habitual;
7. Longas pausas antes de expressar uma palavra ou frase. Efeito da preocupação psicológica;
8. Uso de um ritmo lento, sem a devida variação;
9. Utilização de "muletas retóricas": "hã, um, ah, e";
10. Insegurança nas expressões corporais;
11. Falta de planejamento de discurso.
A educação brasileira não nos prepara para FALAR EM PÚBLICO. Por isso, falar em público ainda é um sofrimento muito comum entre nós. Invista em sua comunicação!
Livro de Freud que Indico: Inibição, Sintoma e Angústia; Fundamentos da Clínica Psicanalítica.
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